Desfazer-se de um bebe jogando-o na Lagoa da Pampulha, esquecer uma criança dentro do carro por horas, arrastar outra por cerca de sete quilômetros ou mesmo empurrar uma menina de um prédio não é motivo para pânico. Por que seria? Só por que a humanidade sempre foi intolerável a esse tipo de comportamento e se sensibiliza muito mais do que em relação a qualquer outro crime? Só porque se tira a vida de inocentes indefesos sem que eles entendam, ao menos, o porquê da brutalidade e do descuido? Imagina!
Uma pesquisa pioneira sobre o infanticídio mostra dados alarmantes. Entre todas as mortes de crianças, 5% delas são ocasionadas de forma intencional, ou seja, essa parcela é referente a assassinatos. Desse total, de 2 a 6% estão dentro do que hoje se conhece por filicídio. Isso ocorre quando o pai ou a mãe (ou até mesmo ambos) assassinam o próprio filho. O que leva um pai ou uma mãe a isso? Na visão dos especialistas, são várias as hipóteses. Uma comumente usada é a de depressão pós-parto. Com motivo ou não, o assassinato de uma criança aterroriza as sociedades em geral.
Certa vez li um texto interessante. Ele dizia que uma mulher, quando perde o marido fica ‘viúva’. Um homem quando perde a esposa, fica ‘viúvo’ e uma criança quando perde os pais, fica ‘órfã’. No entanto, para um pai ou uma mãe que perde um filho, não há palavra que expresse a situação. É inaceitável que uma criança morra antes dos pais. Foge à lei da natureza. O que dizer então de uma criança que é assassinada por quem deveria garantir sua segurança?
“Nossa flor tão amada, nunca entenderemos o porquê”. É essa a frase que abre texto de Cristiane Nardoni em homenagem a sobrinha e afilhada de 5 anos, Isabella Nardoni, que morreu no dia 29 de março. A menina foi empurrada da janela do 6° andar do prédio onde seu pai, Alexandre Alves Nardoni, mora com a madrasta de Isabella, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá. Trata-se de um homicídio. Disso ninguém mais tem dúvidas. A questão agora é saber quem o cometeu. A suspeita paira sobre Alexandre e sua atual esposa.
O crime por si só gera polêmica. Como alguém poderia empurrar uma criança de uma altura de 20 metros? Por que faria isso? O que essa criança teria feito de tão grave para que se ‘perdesse as estribeiras’ de tal maneira? Qual é o limite da crueldade humana? Mas o mais intrigante é essa suspeita que coloca o pai da menina em maus lençóis.
Alexandre diz ter chegado com Isabella, Anna Carolina e seus dois filhos do segundo relacionamento, por volta das 23h30 do dia 29 em seu apartamento na Zona Norte de São Paulo. Diz ter subido com a filha e deixado a Anna Carolina e os dois filhos. Acomodou a garota e teria voltado para buscar o restante da família. Mas por que cargas d’água ele teria deixado os três lá embaixo esperando? Ora, um dos filhos tem 3 anos, poderia ir andando. O outro tem 11 meses. A mãe poderia muito bem carregá-lo. Ou seja, todos poderiam ter subido juntos. Além de atitudes sem nexo, as versões a respeito do que aconteceu, não batem. Alexandre conta de um jeito, Ana Carolina conta de outro. Aí tem coisa!
Pode até ser que, de fato, ambos não tenham nada a ver com a morte de Isabella. Mas a simples suspeita de serem os responsáveis, já mexe com o sentimental das pessoas. No site de relacionamento Orkut, a mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha de Oliveira (sim, a ex e a atual possuem o mesmo nome), já recebeu mais de 100 mil mensagens. Recados de solidariedade vindos de todos os cantos. Ana Carolina já não consegue responder a todos.
É muito bom saber do apoio recebido em um momento desses, mas o ideal seria que esse momento nem mesmo precisasse existir.
Uma pesquisa pioneira sobre o infanticídio mostra dados alarmantes. Entre todas as mortes de crianças, 5% delas são ocasionadas de forma intencional, ou seja, essa parcela é referente a assassinatos. Desse total, de 2 a 6% estão dentro do que hoje se conhece por filicídio. Isso ocorre quando o pai ou a mãe (ou até mesmo ambos) assassinam o próprio filho. O que leva um pai ou uma mãe a isso? Na visão dos especialistas, são várias as hipóteses. Uma comumente usada é a de depressão pós-parto. Com motivo ou não, o assassinato de uma criança aterroriza as sociedades em geral.
Certa vez li um texto interessante. Ele dizia que uma mulher, quando perde o marido fica ‘viúva’. Um homem quando perde a esposa, fica ‘viúvo’ e uma criança quando perde os pais, fica ‘órfã’. No entanto, para um pai ou uma mãe que perde um filho, não há palavra que expresse a situação. É inaceitável que uma criança morra antes dos pais. Foge à lei da natureza. O que dizer então de uma criança que é assassinada por quem deveria garantir sua segurança?
“Nossa flor tão amada, nunca entenderemos o porquê”. É essa a frase que abre texto de Cristiane Nardoni em homenagem a sobrinha e afilhada de 5 anos, Isabella Nardoni, que morreu no dia 29 de março. A menina foi empurrada da janela do 6° andar do prédio onde seu pai, Alexandre Alves Nardoni, mora com a madrasta de Isabella, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá. Trata-se de um homicídio. Disso ninguém mais tem dúvidas. A questão agora é saber quem o cometeu. A suspeita paira sobre Alexandre e sua atual esposa.
O crime por si só gera polêmica. Como alguém poderia empurrar uma criança de uma altura de 20 metros? Por que faria isso? O que essa criança teria feito de tão grave para que se ‘perdesse as estribeiras’ de tal maneira? Qual é o limite da crueldade humana? Mas o mais intrigante é essa suspeita que coloca o pai da menina em maus lençóis.
Alexandre diz ter chegado com Isabella, Anna Carolina e seus dois filhos do segundo relacionamento, por volta das 23h30 do dia 29 em seu apartamento na Zona Norte de São Paulo. Diz ter subido com a filha e deixado a Anna Carolina e os dois filhos. Acomodou a garota e teria voltado para buscar o restante da família. Mas por que cargas d’água ele teria deixado os três lá embaixo esperando? Ora, um dos filhos tem 3 anos, poderia ir andando. O outro tem 11 meses. A mãe poderia muito bem carregá-lo. Ou seja, todos poderiam ter subido juntos. Além de atitudes sem nexo, as versões a respeito do que aconteceu, não batem. Alexandre conta de um jeito, Ana Carolina conta de outro. Aí tem coisa!
Pode até ser que, de fato, ambos não tenham nada a ver com a morte de Isabella. Mas a simples suspeita de serem os responsáveis, já mexe com o sentimental das pessoas. No site de relacionamento Orkut, a mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha de Oliveira (sim, a ex e a atual possuem o mesmo nome), já recebeu mais de 100 mil mensagens. Recados de solidariedade vindos de todos os cantos. Ana Carolina já não consegue responder a todos.
É muito bom saber do apoio recebido em um momento desses, mas o ideal seria que esse momento nem mesmo precisasse existir.
A coisa está ficando tão comum que até nome já deram. Filicídio. Como permitem isso? Não adianta apenas se solidarizarem depois que a tragédia acontece. Caso fique provado que o pai é culpado, ele ficará preso por um tempo (com algumas regalias na prisão, diga-se de passagem. É, minha gente, ele possui faculdade de direito. Tem uma formação). Só isso. E a mãe continuará recebendo mensagens de apoio moral.
Agora digam: o que é melhor? Dar um nome especial para uma ação inaceitável porque ela se torna cada vez mais comum, ou torná-la inexistente a ponto de não mais precisarem mencionar esse termo?
Agora digam: o que é melhor? Dar um nome especial para uma ação inaceitável porque ela se torna cada vez mais comum, ou torná-la inexistente a ponto de não mais precisarem mencionar esse termo?
0 comentários:
Postar um comentário