sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cultura, Heróis e Mitos

Super Homem, Homem Aranha, Tiradentes, Quilombo dos Palmares, Pelé, Ronaldinho. O que eles têm em comum? Todos são vistos como heróis. Sempre pelos mesmos motivos? Talvez não. Mas são admirados por agirem de maneira diferente. Por fazerem coisas que um ser “comum” não faria.

Cada ser humano nasce em uma determinada família, em um determinado lugar, em uma determinada época. Assim que vem ao mundo, tudo ao seu redor já está formado. Tudo já lhe está sendo imposto. Ele acredita que agir desta ou daquela maneira seja certo. Acredita que isto ou aquilo é melhor para ele. Aprende determinadas coisas, adquire conhecimentos, valores. Tem um tipo de vestimenta, um tipo de alimentação, uma crença. Cada indivíduo tem sua própria cultura.

Quando “caímos de pára-quedas” no mundo, a tendência é seguirmos o que ali já está implantado desde antes da nossa chegada. Fazemos isso porque se agirmos de outra maneira, podem nos condenar. Podem nos excluir desse ambiente. Não podemos fugir a regra. E não podemos pelo simples fato de termos medo. Medo do desamparo. Medo do desconhecido.

Mas nessa mesma sociedade, dentro dessa mesma cultura, há sempre alguém que vai contra tudo (ou quase tudo) que lhe foi imposto. Passamos a acreditar que essa pessoa é diferente. Ela já não está alienada como os demais. Talvez a partir daí surja o herói.

Um herói pode nascer de várias formas. Ser aquele de histórias em quadrinhos e das telas do cinema. Aquele dotado de algum super poder, que luta pela justiça e pela igualdade. Mas ele também pode ser herói por ter morrido pelo bem comum, por ter arriscado a vida para mudar uma situação. Ele pode ser herói por representar uma minoria marginalizada (e ser notado e respeitado até mesmo e, principalmente, pela maioria privilegiada).

Heróis e anti-heróis existem. O que ninguém entende é que heróis erram, têm suas fraquezas. Ninguém entende que “os heróis também podem chorar”. O que ninguém entende é que aquele tachado como o anti-herói nem sempre está errado. O que todos querem é que herói seja perfeito. Querem que ele passe da sua condição de humano.

Quando se fala em mitos, a figura que se tem em mente a respeito de seus personagens é a de pessoas belas, pessoas perfeitas. Pessoas que, quando erram, tem uma oportunidade de se redimir. Os mitos são usados para buscar no imaginário aquilo que na realidade não existe.

Cada povo cria seu perfil de herói de acordo com a sua cultura e principalmente, de acordo com as suas necessidades e desejos. Um herói só é herói porque faz aquilo que ninguém mais consegue ou tem coragem de fazer.

Cultura, mitos e heróis são palavras diretamente ligadas. Cada povo tem sua cultura. Cada cultura tem seus mitos. Cada mito tem seus heróis. Salve a cultura brasileira com seu futebol arte e seus mitos... seus heróis!

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