quarta-feira, 16 de abril de 2008

Heranças da Idade Média


Entende-se por Idade Média o período de transição, de mudanças em um determinado lugar. Mas Época Medieval diz respeito, necessariamente, aos “novos tempos” da Europa. Foram anos que deixaram muitas coisas úteis para os dias atuais. A Idade Média surge em um contexto de desintegração do Império Romano Ocidental. Seja no campo da arte, da gastronomia ou das ciências, foram muitas as heranças deixadas para o mundo atual.

Ainda hoje é possível ver obras daquela época nas igrejas, uma vez que a arte era financiada pela religião. Mesmo com a construção de muralhas e castelos para proteger o povo, as cidades foram invadidas por bárbaros que destruíram muitos dados importantes, inclusive parte do que se sabia a respeito da perspectiva. Pinturas e tapeçarias também ganharam espaço. As tapeçarias aqueciam os castelos além de decorá-los. Além de conhecimentos da arte, perdeu-se também muito sobre a ciência e a tecnologia. Os dados ficaram imprecisos e até mesmo errados devido a traduções mal feitas de materiais obtidos no período “pós-barbáros”. Os mais esclarecidos da época eram os clérigos, que estudavam nos mosteiros. Mas isso muda a partir do século 1100 d.C.

Há uma revolução na Europa que modifica a sociedade, sua economia e seu desenvolvimento cultural. É aí que surgem as primeiras grandes universidades (Oxford, na Inglaterra, por exemplo). Trabalhos de tradução a serviço, principalmente, da física começam a ser feitos. Relógio, bússola e óculos foram algumas das inovações. A bússola ajudou muito nas grandes navegações, que permitiu um contato com o Oriente, sua cultura e gastronomia. Grandes descobertas a cerca da biologia marinha foram feitas.

A tecnologia influenciou nas guerras no que diz respeito à parte bélica. Médio Oriente e Península Ibérica eram os maiores responsáveis pela tecnologia armamentista, formando verdadeiros pólos de pesquisa.

A Idade Média também contribuiu com o jornalismo. Data desse período o surgimento da prensa móvel que era utilizada na impressão de livros (e, mais tarde, jornais). Começa então um período de mudanças. As noticias não eram mais passadas ao público através do ‘boca-a-boca’. A informação ganha espaço físico: o papel, a folha de jornal.

Há controvérsias a respeito da origem da prensa móvel. Para os europeus e boa parte do resto do mundo, a prensa surgiu na Europa, com Gutenberg. Mas há quem diga que o aparelho surgiu muito tempo antes na China, em uma forma mais rústica. Na China ou na Europa, o que vem ao caso é a relevância da prensa nas varias áreas, principalmente no jornalismo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Trabalho no Paranoá


Paranoá completa 50 anos em 2008. Cidade-satélite do DF, está localizada a 20 minutos do centro de Brasília. Ainda não possui indústrias, mas seu comércio é forte. Sem indústrias, as opções de emprego ficam restritas e por esse motivo sua população procura trabalho no Plano Piloto e em outras regiões do DF. Com uma população de 65 mil habitantes, Paranoá disponibiliza áreas de lazer para os moradores tais como o Parque Vivencial.
O 1° semestre de Jornalismo do IESB recebeu um trabalho do professor Réus Antunes Oliveira, referente à matéria de História e Filosofia da Ciência. O trabalho foi dividido em duas partes: uma entrevista com o administrador do Paranoá, Sérgio Costa Damaceno, que está em função desde o ano passado e um questionário a ser feito com a população local para saber as quantas anda o quesito esporte no lugar.
O grupo responsável pelo trabalho conseguiu marcar um horário com o administrador. Ele falou um pouco sobre o projeto que está em desenvolvimento. Em um ano, Damaceno construiu 15 quadras poliesportivas. Além de servir para a pratica de todos os esportes (futsal, handebol, basquetebol e voleibol), as quadras são usadas pela sociedade para diversos eventos. Igreja e comunidade utilizam os espaços como precisarem desde que haja um comunicado antecipado dessa utilização e uma autorização para esta por parte da Administração.
As quadras vêm sendo construídas com a intenção de manter crianças e adolescentes mais ocupados, fazendo com que eles se afastem das drogas e de outros problemas que a mente desocupada possa trazer. Apesar disso, todos que se interessarem têm acesso. Inclusive há uma quadrada construída especialmente para idosos e próximo a quadra, os idosos mais necessitados buscam pão e leite na parte da manhã. O trabalho parece ser bem visto por essa parte da população.
Pode-se notar que, de fato, as crianças utilizam bastante esses espaços. Foram comprados uniformes mais simples para a distinção entre os times e profissionais da área de esporte estavam acompanhando essas atividades físicas. Damaceno faz questão de dividir a verba vinda do governo para fim esportivo entre as varias modalidades, mas o futsal foi o único jogo observado durante o trabalho. Há uma preferência entre a população por essa parte.
De acordo com Damaceno, a violência e o consumo de drogas caíram com a construção dessas quadras, pois elas ocupam um espaço que era usado entre jovens do Paranoá para o uso dessas drogas. Mas essa visão não é unânime. Falando diretamente com a população, o que se pode notar é um descontentamento por parte do povo. Os que não estão descontentes vêem com pouca relevância as melhorias trazidas por essas quadras. Alguns até alegam o fato de os meninos ficarem ainda mais ‘à toa’ que antes. Outros dizem não ter mudado em nada a rotina deles.
Perguntando pela parte de estrutura esportiva propriamente dita, o que se ouve são reclamações. Parte dos entrevistados diz gostar de esportes aquáticos e reclama da falta de espaço para a prática destes e dizem, também, só haver espaço para o futsal. Quanto a esse aspecto Damaceno não havia comentado nada em sua entrevista.
Pode-se tirar desse trabalho que quadras são muitas. Até demais, de acordo com a população. Mas falta espaço para outras modalidades. Falta um atrativo para as crianças, pois não basta construir quadras. É necessário apoio e incentivo para que a população faça parte do esporte e ocupem esses espaços para o que realmente interessa: a melhoria na qualidade de vida.

O Caso Wells


A história Guerra dos Mundos é conhecida, hoje, como um filme lançado em 2005 e estrelado por Tom Cruise. Mas o romance não é atual e já causou muita polêmica.
Escrito por Hebert George Wells (ou H.G Wells), o livro serviu para algo mais que um roteiro para filme de Hollywood. Trata-se de uma narrativa sobre a invasão de marcianos, alienígenas que possuem inteligência avançada em relação ao ser humano, ao planeta Terra. Despertando em Orson Welles, radialista que trabalhava nos EUA na ocasião, um sentimento de interesse, o romance foi ao ar pela rádio CBS, onde Welles trabalhava, e causou grande tumulto.
Em Guerra dos Mundos, um programa de rádio está sendo transmitido e é interrompido constantemente com noticias sobre uma invasão marciana ao planeta Terra.
Esse romance foi transmitido em uma rádio norte-americana. Welles só comunicou aos ouvintes que se tratava de ficção no começo da apresentação e ao final dela. Como o radialista não deixou claro que aquilo se tratava apenas de uma história, de um romance, as pessoas que sintonizavam a rádio daquele momento, acreditavam fielmente que o planeta estava sendo invadido por seres extraterrestres.
A confusão foi geral. Cerca de 6 milhões de pessoas ouviram a programação da rádio naquele dia. Pelo menos 1,2 milhão desse total entrou em estado de pânico por acreditar no que ouviu.
Muitos se perguntariam, nos dias de hoje, como alguém poderia acreditar numa história dessas. Deve-se levar em consideração o poder que a rádio tinha naquela época. Era o meio de comunicação mais utilizado. Tinha a credibilidade por parte da população.
Hoje, as pessoas não acreditam que há O.V.I.N.Is sobrevoando os céus de Minas Gerais? Não acreditam na presença de seres de outro planeta por conta de imagens que a TV mostra? Se filmam luzes no céu, logo relacionam com invasores (observem que essas luzes, normalmente, são aviões ou transportes do gênero).
Cada época se apega a um meio de comunicação. Cada meio de comunicação passa o que quer para as pessoas, de acordo com o senso e a moral dos responsáveis pela informação. Cada pessoa acredita no que quer. É assim desde sempre e não se deve julgar. E quanto aos marcianos, que venham nos visitar se esse for o caso.

Shatterd Glass


Longa-metragem lançado em 2003, Shatterd Glass causa polêmica. Trata de um relato da vida de Sthefen Glassa. Interpretado por Hayden Christensen, Glass é um jovem jornalista que subiu de um cargo simples de redator para redator freelancer de grandes revistas. Uma das pessoas mais requisitadas em sua área.
O jornalista tem grande apoio da sociedade. São vistos como pessoas honrosas. Trazem à tona verdades que poderiam nunca ser reveladas se não fosse o trabalho de pesquisa e investigação dele. As pessoas tomam conhecimento do que aconteceu ao seu redor, podem formar opiniões a respeito dos assuntos. Essa avaliação positiva vem Omo um “muito obrigada” pelo serviço prestado em favor da sociedade, mesmo que isso custe o emprego desse ou daquele profissional da área de comunicação social.
É assim que deveria ser. A função de um jornalista é informar independente da resposta que isso trará. O que acontece é que algumas pessoas querem subir no campo do jornalismo a qualquer custo, relatando falsas verdades, prejudicando inocentes e iludindo os mais desavisados.
Em Shattered Glass, um jovem jornalista ganha fama escrevendo artigos. As informações contidas em seus artigos são inacessíveis a outros profissionais. Ele sabe de todos os fatos antes de qualquer outra pessoa. Relata histórias impressionantes, com dados curiosos. Seria o profissional desejado por qualquer empresa de comunicação, não fosse o fato de que esses artigos eram falsos.
O texto de Glass que abriu as portas para a descoberta das mentiras se chama Harcker’s Heaven (O paraíso dos Hackers). Contava a história de um garoto de 14 anos que invadiu a rede de computadores de uma empresa e publicou fotos pornográficas no site. O fato teve grande repercussão.
É nesse contexto que entra em cena uma série de outros jornalistas de uma empresa concorrente. Eles começam a investigar as fontes de informação de Glass e descobrem que até as tais fontes eram falsas, inexistentes. Descobre-se então os falsos artigos.
Glass aparece no final do filme afirmando que aqueles vários artigos escritos por ele eram todos mentirosos. Depois da glória, veio o desemprego e o nome sujo no meio jornalístico.
Quanto mais rápido alguém sobe, sem constituir uma base sólida, mais rápido, desaba. E o tombo pode não ter remédio. É essa a mensagem que pode ser tirada de Shattered Glass – O preço de uma verdade.

Dilema II


Um repórter mente e suborna fontes para obter informações de interesse publico às quais não teria acesso caso se identificasse como jornalista. Isso é correto?


Para tudo existe um limite. Um jornalista até pode se “disfarçar”, se passar por um “não-jornalista” caso necessário, para conseguir uma informação. Mas não precisa, necessariamente, mentir. Pode apenas ocultar sua profissão. Não precisa espalhar aos quatro ventos que exerce a função de informante da sociedade. Se a polícia pode trabalhar à paisana para combater o crime (que é sua função), o jornalista pode ocultar sua profissão para obter notícias e realizar seu trabalho.
Como em toda profissão, deve-se levar em consideração a parte que diz respeito à ética e à moral. Claro que roubar um documento, subornar alguém (que vem a ser até mesmo um crime) e mentir foge ao juramento que um jornalista faz ao final do seu ensino superior. As medidas para atingir um objetivo devem ser colocadas na balança da consciência para ver até onde certas atitudes valem a pena. Tais medidas devem estar dentro dos limites, pois além de um juramento a cumprir, o jornalista tem uma imagem e uma credibilidade a proteger diante da sociedade.
Um jornalista é alguém que representa o povo, sendo assim, é uma figura pública e suas palavras e atitudes têm poder. Ele deve estar sempre atento a isso.


Dilema I


O jornalista deve publicar uma reportagem mesmo sabendo que ela pode prejudicar as pessoas?


A função de um jornalista é, antes de qualquer coisa, relatar um fato da maneira mais verdadeira possível. É claro que nem sempre a verdade favorece a todos. Pelo contrário. Muitas vezes, alguém sai perdendo.
Os fatos, os problemas, questões positivas ou negativas e assuntos em geral surgem a todo momento. E alguém tem que apresentá-los a sociedade. É curioso como as tragédias rendem mais que qualquer outra noticia. E as tragédias desfavorecem as pessoas, são prejudiciais.
Vexames políticos, irregularidades em grandes empresas ou doenças em rebanhos que impedem sua comercialização, são notícias que, quando jogadas em rede nacional, prejudicam uma pessoa ou um grupo delas.
É como um médico: por mais doloroso que seja para a família, ele deve informar o que está acontecendo com o paciente. Com o jornalista é mais ou menos o mesmo raciocínio. Ele deve contar a verdade, publicar a noticia por mais problemas que ela possa trazer a alguém. Doa a quem doer.
Muitas vezes o profissional do jornalismo é mal visto. Ou por não passar segurança no que diz e publica, ou por ser bom o suficiente a ponto de todos acreditarem em suas palavras. Quando o segundo acontece, quem sai prejudicado com a matéria a ser publicada, teme. Teme porque sabe o quão difícil será convencer o público do contrário. Mas isso faz parte do ofício.
No curso de jornalismo, o juramento final feito pelos formandos tem como eixo norteador, palavras do sentido de honrar “sempre os preceitos da ética, da verdade e da justiça”. A notícia tem q ser dada e a verdade, dita.

O Quarto Poder


Legislativo, Executivo e Judiciário. Esses são os três poderes que os cidadãos conhecem, ou pelo menos deveriam conhecer. Mas de uns tempos pra cá, um novo item foi incluído nessa lista. O ‘quarto poder’ é o nome que a imprensa recebeu por conta de sua habilidade em manipular a opinião pública. Já é possível perceber que a população acredita muito mais na imprensa do que nos poderes anteriormente citados. Acreditam muito mais naquilo dito por um telejornal do que naquilo dito em discursos de políticos.
Pensando nisso, o cineasta grego Constantin Costa-Gavras (também conhecido pelo filme A Confissão), resolveu dedicar-se a algo presente nos tempos modernos: a relação ‘Jornalismo X Show Business’.
O filme conta a história de um jornalista chamado Max Bracket (interpretado por Dust Hoffman) que é convocado para reportar as dificuldades financeiras de um museu local. Um assunto um tanto quanto tolo no pensamento de Bracket. Mas, enquanto o jornalista fazia seu trabalho, ele se depara com uma situação que poderia dar um ‘Up’ à sua reportagem.
Sam Baily (John Travolta), que trabalhava como vigia do lugar, entra no museu, armado, e quer tirar satisfações com quem foi sua chefe até antes de ser despedido. Crianças também estavam no museu naquele momento. Era evidente o descontentamento de Sam em ter perdido o emprego. Ele faz sua antiga chefe e todas as crianças que lá estavam de refén. Foi aí que o jornalista viu uma luz para seu trabalho medíocre. Bracket aconselhou Sam por três dias. De acordo com seus próprios interesses jornalísticos, é claro. Desta forma sua simples reportagem virou um grande assunto. Entre idas e vindas, a matéria de Bracket foi ganhando audiência e ele foi ficando cada vez mais conhecido.
É exatamente esse o assunto do filme. Pessoas e situações são manipuladas de acordo com os interesses da imprensa e de quem a apóia. O que falar, de quem falar, quando falar... Tudo isso é ‘matematicamente calculado’ a fim de se obter o maior proveito da notícia. Antigamente a informação era passada com o interesse de informar. Hoje ela está mais para um comércio. Faz parte de um jogo de interesses onde quem não favorece algum dos lados, poucas chances tem de permanecer no cargo.
Brackets existem aos montes. Bailys? Existem ainda mais. O quarto poder existe e ele pode ser tão bom quanto ruim. Nesse jogo de favorecer alguém, eles acabam mostrando os vários lados de uma mesma questão, permitindo que o ouvinte ou telespectador tenha base para formar suas opiniões. Pelo sim ou pelo não, as noções de informação mudaram... e os poderes também.

O Inaceitável que é aceito


Desfazer-se de um bebe jogando-o na Lagoa da Pampulha, esquecer uma criança dentro do carro por horas, arrastar outra por cerca de sete quilômetros ou mesmo empurrar uma menina de um prédio não é motivo para pânico. Por que seria? Só por que a humanidade sempre foi intolerável a esse tipo de comportamento e se sensibiliza muito mais do que em relação a qualquer outro crime? Só porque se tira a vida de inocentes indefesos sem que eles entendam, ao menos, o porquê da brutalidade e do descuido? Imagina!
Uma pesquisa pioneira sobre o infanticídio mostra dados alarmantes. Entre todas as mortes de crianças, 5% delas são ocasionadas de forma intencional, ou seja, essa parcela é referente a assassinatos. Desse total, de 2 a 6% estão dentro do que hoje se conhece por filicídio. Isso ocorre quando o pai ou a mãe (ou até mesmo ambos) assassinam o próprio filho. O que leva um pai ou uma mãe a isso? Na visão dos especialistas, são várias as hipóteses. Uma comumente usada é a de depressão pós-parto. Com motivo ou não, o assassinato de uma criança aterroriza as sociedades em geral.
Certa vez li um texto interessante. Ele dizia que uma mulher, quando perde o marido fica ‘viúva’. Um homem quando perde a esposa, fica ‘viúvo’ e uma criança quando perde os pais, fica ‘órfã’. No entanto, para um pai ou uma mãe que perde um filho, não há palavra que expresse a situação. É inaceitável que uma criança morra antes dos pais. Foge à lei da natureza. O que dizer então de uma criança que é assassinada por quem deveria garantir sua segurança?
“Nossa flor tão amada, nunca entenderemos o porquê”. É essa a frase que abre texto de Cristiane Nardoni em homenagem a sobrinha e afilhada de 5 anos, Isabella Nardoni, que morreu no dia 29 de março. A menina foi empurrada da janela do 6° andar do prédio onde seu pai, Alexandre Alves Nardoni, mora com a madrasta de Isabella, Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá. Trata-se de um homicídio. Disso ninguém mais tem dúvidas. A questão agora é saber quem o cometeu. A suspeita paira sobre Alexandre e sua atual esposa.
O crime por si só gera polêmica. Como alguém poderia empurrar uma criança de uma altura de 20 metros? Por que faria isso? O que essa criança teria feito de tão grave para que se ‘perdesse as estribeiras’ de tal maneira? Qual é o limite da crueldade humana? Mas o mais intrigante é essa suspeita que coloca o pai da menina em maus lençóis.
Alexandre diz ter chegado com Isabella, Anna Carolina e seus dois filhos do segundo relacionamento, por volta das 23h30 do dia 29 em seu apartamento na Zona Norte de São Paulo. Diz ter subido com a filha e deixado a Anna Carolina e os dois filhos. Acomodou a garota e teria voltado para buscar o restante da família. Mas por que cargas d’água ele teria deixado os três lá embaixo esperando? Ora, um dos filhos tem 3 anos, poderia ir andando. O outro tem 11 meses. A mãe poderia muito bem carregá-lo. Ou seja, todos poderiam ter subido juntos. Além de atitudes sem nexo, as versões a respeito do que aconteceu, não batem. Alexandre conta de um jeito, Ana Carolina conta de outro. Aí tem coisa!
Pode até ser que, de fato, ambos não tenham nada a ver com a morte de Isabella. Mas a simples suspeita de serem os responsáveis, já mexe com o sentimental das pessoas. No site de relacionamento Orkut, a mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha de Oliveira (sim, a ex e a atual possuem o mesmo nome), já recebeu mais de 100 mil mensagens. Recados de solidariedade vindos de todos os cantos. Ana Carolina já não consegue responder a todos.
É muito bom saber do apoio recebido em um momento desses, mas o ideal seria que esse momento nem mesmo precisasse existir.
A coisa está ficando tão comum que até nome já deram. Filicídio. Como permitem isso? Não adianta apenas se solidarizarem depois que a tragédia acontece. Caso fique provado que o pai é culpado, ele ficará preso por um tempo (com algumas regalias na prisão, diga-se de passagem. É, minha gente, ele possui faculdade de direito. Tem uma formação). Só isso. E a mãe continuará recebendo mensagens de apoio moral.
Agora digam: o que é melhor? Dar um nome especial para uma ação inaceitável porque ela se torna cada vez mais comum, ou torná-la inexistente a ponto de não mais precisarem mencionar esse termo?

segunda-feira, 14 de abril de 2008





Bom gente, eu sou caloura de jornalismo pelos próximo 4 anos.
Comecei com o blog hoje, dia 14/04/2008.
Vamos ver por quanto tempo eu terei paciência de lidar com isso.
Moro em Brasília e estudo no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb).
Sejam todos muito bem-vindos! Estou aberta a críticas e opiniões. Serão todas
recebidas com muito prazer. Desde já, agradeço a visita!